domingo, 24 de fevereiro de 2013

Área de lavouras com biotecnologia já atingem 36,6 milhões de hectares no Brasil

Soja, algodão e milho são as culturas que mais adotam biotecnilogia

Em 2012, pelo quarto ano consecutivo, a agricultura brasileira foi a que mais impulsionou o crescimento mundial da área plantada com variedades geneticamente modificadas (GM), com ampliação de 21% na comparação com 2011, atingindo a marca recorde de 36,6 milhões de hectares, um incremento de mais 6,3 milhões.
Nenhum outro país alcançou tal expansão, desempenho que contribui para que o Brasil seja reconhecido como um líder global na adoção da biotecnologia. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (20) no mais recente relatório do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA). As variedades plantadas no País são soja, milho e algodão.
O levantamento indica também o recorde da produção mundial, 170,3 milhões de hectares em 2012, o que representa uma taxa de crescimento de 6%, ou 10,3 milhões de hectares a mais do que os 160 milhões registrados em 2011. Comparando com o ano de 1996, o total plantado em 2012 representa uma ampliação de 100 vezes na área cultivada. Isso faz da transgenia a tecnologia agrícola mais rapidamente adotada da história da agricultura moderna em virtude de seus benefícios econômicos, sociais e agronômicos.
O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking de área plantada com transgênicos, atrás apenas dos Estados Unidos, embora a diferença entre os dois países venha diminuindo gradativamente ao longo dos anos.

*milhões de hectares
Entre os aspectos que contribuem para o bom desempenho do País no que se refere à adoção da tecnologia está o sistema regulatório estável e rigoroso, as sementes adaptadas às diferentes realidades brasileiras e o investimento em pesquisa. Notavelmente, a Embrapa desenvolveu um feijão geneticamente modificado (GM) resistente a vírus que é o primeiro evento agronômico de biotecnologia totalmente desenvolvido por uma instituição pública de pesquisa.
Outro destaque do levantamento ISAAA deste ano é o predomínio dos países em desenvolvimento como propulsores da adoção da biotecnologia. Dos 28 países que plantaram variedades GM no ano passado, 20 são países em desenvolvimento. Com esse desempenho, pela primeira vez, os países em desenvolvimento, liderados por Brasil, Argentina, Índia, China e África do Sul, plantaram mais da metade da área cultivada com essas variedades (52%).
Destaques mundiais
Cinco países da União Europeia plantaram um recorde de 129.071 hectares de milho transgênico, 13% a mais do que em 2011. A Espanha liderou a UE com 116.307 hectares de milho transgênico, 20% a mais do que em 2011.
Dois novos países, o Sudão (algodão resistente a insetos) e Cuba (milho resistente a insetos) plantaram transgênicos pela primeira vez em 2012.
Os Estados Unidos continuam a liderar a área plantada e a taxa de adoção da tecnologia, com 69,5 milhões de hectares com uma média de 90% de adoção para todas as cultivares.
A Índia plantou um recorde de 10,8 milhões de hectares de algodão transgênico com uma taxa de adoção em 93%.
Somente em 2011, a adoção das cultivares geneticamente modificadas reduziu as emissões de CO2 em 23,1 bilhões de quilos, equivalente à remoção de 10,2 milhões de carros das ruas; poupando 108,7 milhões de hectares de terras e contribuindo para a redução da pobreza de 15 milhões de pequenos agricultores.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Cientistas desenvolvem tomate transgênico mais saudável e resistente


Cientistas indianos desenvolveram uma nova variedade de tomate que reúne diversas características 

O fruto transgênico é resistente a infecções causadas por fungos e também à seca. Adicionalmente, o novo tomate é mais rico em ferro que as versões convencionais e possui mais gorduras poliinsaturadas (que ajudam aumentar as taxas do “colesterol bom”, o HDL). 

De acordo com o professor Asis Datta, do Instituto Nacional de Pesquisa de Genoma de Plantas (NIPGR, na sigla em inglês), o desenvolvimento desta nova variedade de tomates foi possível graças à transferência de um único gene do fungo Flammulina velutipes para a planta. Este gene é responsável pela expressão de uma enzima FvC5SD, que produz uma substância cerosa capaz de evitar a perda de água. 

Os tomates geneticamente modificados (GM) que expressam a enzima FvC5SD produzem até 23% mais dessa substância, o que os torna resistentes à seca, a ataques de fungos e aumenta a quantidade de ferro e gorduras poliinsaturadas em sua composição. 

Essa estratégia genética pode ser usada também em outras culturas economicamente viáveis.
Fonte;CNA/SENAR