sábado, 30 de junho de 2012

Cachoeira Utiariti em Campo Novo do Parecis MT

                  A cachoeira do Utiariti fica a cerca de 120 km do centro de Campo Novo do Parecis, na saída para Sapezal logo após a ponte do Rio Bacabau a entrada da estrada de terra batida fica a esquerda dai pra frente são mais 75 km até a Aldeia dos Índios da Etnia ''Parecí''.
            A cachoeira é linda são 95 mts de queda livre um turbilhão de água no meio da selva que contemplar mesclas de cerrado e Mata Amazônica, venha conhecer essa beleza da natureza tão pouco conhecida e explorada pelos a
Brasileiros.





























sexta-feira, 29 de junho de 2012

Estudo aponta que benefícios socioambientais da biotecnologia são rentáveis para agricultura brasi


O milho transgênico plantado pela primeira vez no Brasil em 2008 já se consolida
como um case da biotecnologia agrícola mundial

22/3/2011 – Deixar de utilizar um volume de água doce suficiente para abastecer Recife
e Porto Alegre durante um ano. Reduzir as emissões na atmosfera de volume de CO2
equivalente ao que seria compensado por quase 22 milhões de árvores. Não queimar
combustível suficiente para abastecer 465 mil veículos diesel. Deixar de despejar sobre
os campos brasileiros mais de 120 mil toneladas de defensivos agrícolas. Esses são
alguns dos benefícios da adoção de biotecnologia na agricultura no Brasil previstos
para os próximos 10 anos, de acordo com dados identificados pela Céleres Ambiental
em estudo para a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM).
Infográfico: (clique para ampliar)
http://dl.dropbox.com/u/19133716/Abrasem_biotec2011_web.jpg
“Modernizar a agricultura e investir em tecnologia são os principais caminhos para os
produtores rurais, para que possamos superar o desafio de alimentar cada vez mais
pessoas mantendo ou reduzindo a área produtiva, gerando renda ao produtor e
minimizando o impacto ao meio ambiente”, analisa o presidente da entidade, Narciso
Barison Neto. “No caso das sementes, que é o negócio dos associados da ABRASEM, a
biotecnologia é a principal ferramenta tecnológica para unir produtividade, custos
competitivos e redução de impacto ambiental.”
A Céleres (responsável pela parte econômica do estudo) e a Céleres Ambiental
visitaram, no segundo semestre de 2010, 396 propriedades rurais pelo Brasil, pelo
quarto ano consecutivo, fazendo um levantamento no campo dos benefícios
socioambientais e econômicos das culturas geneticamente modificadas atualmente
aprovadas no País – soja, milho e algodão.
Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o
mundo precisa ser capaz de produzir alimentos para 9 bilhões de pessoas em 2050, em
um planeta com cada vez menos áreas produtivas disponíveis. “Isso faz com que os
agricultores precisem ser mais eficientes em suas lavouras e diminuir sua dependência
de defensivos e uso excessivo de água. O aumento da produção agrícola precisa ser
sustentável, e a biotecnologia mostra que isso é possível no Brasil”, avalia a bióloga
Paula Carneiro, especialista em meio ambiente.
A evolução do milho transgênico
O caso do milho transgênico no Brasil é exemplar no cenário da biotecnologia agrícola
mundial. Acompanhando in loco as quatro últimas safras, a Céleres testemunhou,
desde o primeiro plantio no Brasil, em 2008, a evolução da adoção das primeiras
variedades transgênicas resistentes a inseto. “O que mais chamou a atenção foi a
rápida adoção da tecnologia pelos produtores”, assinala Anderson Galvão, que
respondeu na Céleres pela avaliação econômica da lavouras transgênicas do estudo da
ABRASEM.
http://dl.dropbox.com/u/19133716/Ritmo_adocao_biotecABRASEM.jpg
Na safra 2009/2010, analisada nos estudos, 32,5% da produção brasileira de milho
utilizou variedades transgênicas. Um ano depois – e três anos após a chegada do milho
GM às lavouras –, esse índice já era de 57%, chegando a 75% na safrinha de inverno.
Como comparação, segundo Galvão, a soja GM, cujo plantio no Brasil foi aprovado na
safra 2005/2006 (mas que ilegalmente já era plantada em solo brasileiro desde o início
dos anos 2000), demorou nove anos para atingir os mesmos 57% do plantio total
brasileiro de soja.
A bióloga Paula Carneiro assinala que foram, principalmente, os benefícios
socioambientais do plantio do milho transgênico que estimularam a rápida adesão dos
produtores, uma vez que eles significaram economias significativas de insumos. No
caso dos defensivos agrícolas, por exemplo, na safra 2009/2010, os agricultores
economizaram o equivalente a 2,7 mil toneladas de ingrediente ativo em suas
aplicações nas lavouras. Esse volume foi o dobro do que haviam reduzido na safra
anterior (2008/2009), a primeira com híbridos transgênicos no Brasil.
Nos próximos dez anos, a adoção da biotecnologia na cultura do milho possibilitará
uma redução na área semeada com esse cereal de 49,5 milhões de hectares. “Esse
resultado deve ser visto como uma poupança ambiental e econômica, na qual os
produtores poderão dispor num futuro mais distante e, assim, atuando de forma mais
sustentável. As outras culturas que adotam biotecnologia agrícola no Brasil – o algodão
e a soja – também permitem uma economia não menos expressiva no uso da terra
agrícola, de 9,3 milhões de hectares”, explica Paula Carneiro.
Evolução dos benefícios ambientais com a adoção da biotecnologia no Brasil
(Valores anuais com base na adoção prevista)
00/01 08/09 09/10 19/20
H2O: Benefício líquido (bilhões de l/ano) 0,4 2,1 3,6 18,1
Diesel: Benefício líquido (milhões de l/ano) 3,7 17,8 29,7 150,8
Equivalente CO2: Benefício líquido (mil t CO2/ano) 9,8 47,1 78,8 399,9
Uso de ingrediente ativo: Benefício líquido (mil t de i.a./ano) 0,2 1,3 2,7 17,2
Fonte: Céleres
A íntegra dos estudos está disponível nas páginas da ABRASEM, Céleres Ambiental e
Céleres na internet: www.abrasem.com.br, www.celeresambiental.com.br e
www.celeres.com.br. Anderson Galvão é engenheiro agrônomo especialista em
economia agrícola e sócio-diretor da Céleres. Paula Carneiro é bióloga especialista em
meio ambiente e diretora da Céleres Ambiental.
Sobre a Abrasem
A Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) representa os vários
segmentos do setor de sementes e mudas no Brasil, desde a parte inicial do ciclo de
produção agrícola, levando assistência técnica aos produtores rurais, apoiada na
pesquisa e desenvolvimento de novas variedades de plantas que mais se adaptem às
variadas regiões geográficas do país. Fundada em 1972, a Abrasem reúne 12
associações de produtores de sementes e mudas, além do segmento de pesquisa
(obtentores), e congrega 620 produtores associados, 4 mil técnicos e 15 mil
vendedores, além de gerar cerca de 220 mil empregos diretos e indiretos. Visite
www.abrasem.com.br.
Sobre a Céleres
Fundada em 2002 e com sede em Uberlândia, MG, a Céleres figura entre as mais
respeitadas consultorias especializadas em agronegócio no Brasil. Atuando em
inteligência de mercado, assessoria de investimentos, consultoria estratégica e
planejamento rural, seus consultores são fontes frequentes para empresas, entidades
e imprensa, sempre buscando traduzir as tendências do campo para o mercado
nacional. Visite www.celeres.com.br.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Extensão de APPs gera polêmica entre parlamentares


Assunto foi um dos mais comentados em audiência pública na Comissão Especial do Congresso, formada por deputados e senadores



Agência Senado
O senador Luiz Henrique da Silveira (foto) disse que “seria prematuro” comentar agora qualquer proposta de mérito apresentada pelos parlamentares à MP do Executivo
No primeiro debate de mérito, no Congresso, da Medida Provisória (MP) do Código Florestal, ficou claro que a extensão das áreas de proteção permanente (APPs) é o maior desafio a ser enfrentado para que a Câmara e oSenado produzam um texto de consenso. Esse ponto foi um dos mais abordados em audiência pública nesta terça-feira (26/6) na Comissão Especial do Congresso, formada por deputados e senadores, que analisa a constitucionalidade das medidas provisórias encaminhadas para a análise dos deputados e senadores. 
O senador Waldemir Moka (PMDB-MS), interlocutor com a bancada ruralista na Câmara, disse à que se o relator da MP, senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), não conseguir um consenso [sobre o tema], o texto encaminhado pela presidenta Dilma Rousseff será derrotado no Congresso.
Moka foi designado como o negociador com a Câmara pelo próprio Luiz Henrique. “Nós [Câmara e Senado] tínhamos aprovado a recuperação de APP de 15 metros em propriedades que tenham rios com mais de 10 metros de largura”, destacou Moka. Esse tamanho das matas ciliares em beiras de rios valeria para pequenos, médios e grandesprodutores rurais, acrescentou o parlamentar.
Com o escalonamento na recuperação das áreas de proteção permanente por módulos fiscais, as propriedades com mais de 10 módulos terão que recuperar 30 metros. Pelas conversas que teve até agora, Moka considera que o dispositivo do governo enfrentará resistências dos médios e grandes produtores rurais.
O relator Luiz Henrique destacou que das 696 emendas ao texto do governo entregues na comissão, pouco mais de400 já foram descartadas. Elas tratavam, basicamente, do mesmo tema, esclareceu o senador.
Luiz Henrique disse ainda que “seria prematuro” comentar agora qualquer proposta de mérito apresentada pelos parlamentares à medida provisória do Executivo. O parlamentar espera apresentar uma proposta, por meio de negociações, até segunda-feira (2/7).
O deputado Reinhold Stephanes (PSD-PR) destacou que uma saída para essa questão [APP] seria criar uma transição entre pequenas e médias propriedades. Isso permitiria aos médios produtores explorar áreas maiores sem comprometer sua produção.
“Tem propriedades que, por causa de dois córregos e uma nascente, podem perder de 70% a 80% da área produtiva”, ressaltou o parlamentar paranaense.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que participou da audiência pública no Congresso, defendeu a metodologia adotada pelo governo federal. Pela medida provisória, o tamanho da recomposição de APP varia de acordo com o módulo fiscal da propriedade.
Izabella Teixeira ressaltou que essa decisão da presidenta Dilma Rousseff levou em conta, além dos impactos ambientais as repercussões sociais aos pequenos produtores.  

domingo, 24 de junho de 2012

Biotecnologia agrega valor às sementes de milho e soja


Novas cultivares de soja e milho mais resistentes e produtivas são testadas por agricultores brasileiros antes de chegar ao mercado


Editora Globo
FIATIKOSKI testou a soja intacta da Monsanto. A Dow apresentou o milho PowerCore
Segundo maior produtor de transgênicos do mundo, atrás somente dos Estados Unidos, o Brasil deve cultivar 31,8 milhões de hectares com sementes geneticamente modificadas na safra 2011/2012 – um crescimento de 20,9% em relação à área do ano passado. No caso da soja, a área com OGM atingirá 85,3%. Já no milho, serão 82,9%. Ávidos por novas tecnologias, os agricultores brasileiros se tornaram um mercado tão importante que as grandes multinacionais optaram por lançar suas novas tecnologias aqui. 

Em março, foi realizada, em Goiânia, a colheita de uma nova linhagem de soja transgênica desenvolvida exclusivamente no Brasil. O sojicultor Paulo Roberto Fiatikoski a plantou em sua propriedade no município de Piracanjuba (GO). Denominada Intacta RR2 PRO, está sendo avaliada sob o inclemente clima tropical, no qual os ataques de insetos, como as lagartas-da-soja, não dão trégua às lavouras. 

Monsanto, que desenvolveu a Intacta, selecionou outros 500 sojicultores de Goiás, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná para testar a nova semente. Para Rogério Andrade, responsável pela apresentação do produto no Brasil, o diferencial da Intacta é o potencial produtivo maior. 

“Ela possui ainda tolerância ao glifosato, como outras sementes modificadas.” Rogério continua: “Nós chamamos o advento da Intacta como a segunda onda da biotecnologia”. Segundo o agricultor Paulo Roberto, a produtividade da Intacta realmente superou a da variedade RR, que ele cultiva há vários anos. “Conseguimos excelentes 65,8 sacas por hectare, na comparação com as 55,3 sacas da RR.” Além disso, ressalta, os custos caíram, por conta de não haver, no caso da Intacta, necessidade de combater as lagartas. 

Dow AgroSciences também apresentou, em Ribeirão Preto (SP), no mês passado, seu novo milho, o PowerCore, que contém cinco genes modificadores. O lançamento do novo produto acontecerá no segundo semestre do ano e colocará o agricultor brasileiro na liderança dessa tecnologia. “Escolhemos o Brasil para fazer o lançamento mundial desse produto por conta da relevância que o país tem como protagonista na produção mundial de alimentos”, disse Rolando Alegria, diretor de sementes, biotecnologia e óleos saudáveis da Dow AgroSciences. 

Hoje, são comercializadas no Brasil sementes transgênicas contendo dois genes modificadores: um tolerante a herbicidas e outro resistente a lagartas. O produto da Dow tem dois genes tolerantes a herbicidas e três genes resistentes a pragas, o que amplia no país o espectro de lagartas combatidas. A estimativa da companhia é que a nova variedade substitua gradativamente a atual (Herculex). Para Ramiro de La Cruz, presidente da Dow no Brasil, a nova tecnologia deve elevar entre 10% e 12% a produtividade das lavouras.

sábado, 23 de junho de 2012

Combustível mais limpo do mundo é ignorado na Rio+20


Sem política definida para o etanol crise se prolonga no setor sucroalcooleiro


Divulgação/Unica
Etanol, uma das bandeiras brasileiras para a sustentabilidade, não é lembrado em Rio+20
RIO DE JANEIRO – O etanol, que poderia ter sido usado na Rio+20 como uma importante bandeira brasileira rumo a uma economia mais verde e mais limpa, foi ignorado tanto nas discussões que aconteceram entre as delegações dos países que vão assinar o documento final da Conferência, como nos eventos paralelos organizados para discutir caminhos mais sustentáveis para o agronegócio. 


Uma semana antes da abertura oficial do evento, a Petrobras, maior empresa de petróleo e etanol do Brasil, anunciou aumento dos investimentos em petróleo e redução da participação do etanol no grupo. Um sinal, segundo o segmento sucroalcooleiro, de que o governo, o maior acionista da companhia, não vai investir em uma política de longo prazo para o etanol. Para piorar, em 2011 houve queda de 29% no consumo de etanol no Brasil, contra um aumento de 19% do consumo da gasolina



“É o caminho inverso ao registrado nas grandes economias mundiais, que estão investindo cada vez mais na adoção de energias limpas”, avalia José Luiz Olivério, diretor da Dedini, maior fornecedora de plantas para o setor sucroalcooleiro. O Estados Unidos, por exemplo, possuem uma política de longo prazo para o etanol de milho e estimam estar produzindo 136 bilhões de litros em 2020. 



Sem um sinal positivo do governo, o setor se afunda cada vez mais na crise iniciada em 2008. “Os investidores saíram do mercado porque acham que os riscos não estão compensando”, diz Olivério. No campo, as antigas lavouras, que já sofreram com excesso de seca, agora agonizam com o grande volume de chuvas e produzem cada vez menos.



O Brasil já foi apontando como o país mais competitivo do mundo na produção de cana-de-açúcar e teve o etanol avaliado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos como o mais limpo do mundo por promover redução de 85% das emissões de gases de efeito estufa em comparação com as fontes de energia fóssil. Hoje, no entanto, parece estar mais fadado ao fracasso do que ao sucesso. 

sábado, 16 de junho de 2012

Rio+20: Dilma pede compromisso de todos os países na busca pelo desenvolvimento sustentável

A presidenta Dilma Rousseff abriu o Pavilhão do Brasil, no primeiro dia da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Em seu discurso, ela lançou um alerta sobre a necessidade de um compromisso entre todos os países do mundo para alcançar metas de desenvolvimento sustentável, principalmente as nações desenvolvidas que enfrentam crise em suas economias. 

"Não consideramos que o respeito ao meio ambiente só se dá em fase de expansão do ciclo econômico. Pelo contrário, um posicionamento pró-crescimento, de preservar e conservar, é intrínseco à concepção de desenvolvimento, sobretudo diante das crises", afirmou. 

Dilma Rousseff ressaltou que “o ambiente não é um adereço, faz parte da visão de incluir e crescer porque em todas elas nós queremos que esteja incluído o sentido de preservar e conservar". 

A presidenta acrescentou que os compromissos apresentados durante a Rio+20 foram assumidos "voluntariamente". 

"Consideramos que a sustentabilidade é um dos eixos centrais da nossa conviccção de desenvolvimento", destacou. 

O Pavilhão do Brasil conta com uma estrutura de 4 mil metros quadrados construída com contêineres reaproveitáveis e abriga uma exposição multimídia sobre programas e projetos dos ministérios e órgãos governamentais. No local também serão realizados debates e palestras. 

No espaço que circunda o pavilhão, há quatro áreas de exposição de programas de inovação, tecnologia sustentável e inclusão social, como o programa Minha Casa, Minha Vida, Água Doce e Cultivando Água Boa e produtos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). 

Além do Brasil, dezenas de países montaram estandes e pavilhões para apresentar ações e iniciativas sociais, econômicas e ambientalmente sustentáveis no Parque dos Atletas, na Barra da Tijuca, zona oeste, em frente ao Riocentro, principal sede das reuniões da conferência. 

No dia 20, a presidenta deve voltar à cidade do Rio, quando se reunirá com chefes de Estado até o dia 22, último dia da conferência.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Resíduos Agropecuários: Versatilidade da casca de arroz permite aplicação do material em diversos negócios


Resíduo é utilizado como biomassa e resina, entre outros
Com produção de 2,5 milhões de toneladas, por ano, de resíduos, a cultura do arroz é exemplo no reaproveitamento. Desde a década de 1990, intensificaram-se estudos sobre as mil e uma utilidades da casca do cereal, que tornou-se valiosa no mercado. 

O principal destino da casca é a geração de energia. Com alto poder calorífico e regularidade térmica, o resíduo é a principal matéria-prima de usinas de biomassa no Rio Grande do Sul, desde que a indústria de beneficiamento Camil Alimentos, em Itaqui, inaugurou a primeira unidade a ser abastecida com casca de arroz, em 2000. Hoje, outras empresas investem na alternativa. 


– A casca do arroz propicia independência energética para a indústria – afirma o pesquisador da Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), Gilberto Amato. 

De acordo com o relatório do Instituto de Pesquisas em Economia Aplicada (Ipea), o pontecial enérgico da casca de arroz é de arroz 175 MW por ano, baseado no montante de resíduos da produção agrícola de 2009. 

O horizonte da casca de arroz vai além dos megawatts, no entanto. O simples resíduo guarda propriedades preciosas para empreendimentos inéditos. De acordo com estudos do professor da Universidade de São Paulo (USP), Milton Ferreira de Souza, a sílica, presente na casca de arroz é capaz de aumentar a resistência da estrutura e reduzir a espessura do concreto. 

A fibra vegetal do arroz é também aplicada como reforço em resinas termoplásticas, que já são utilizadas na fabricação da chamada “madeira plástica”. De Pelotas, também no Rio Grande do Sul, a empresa Polisul fabrica perfilados e deques com o material desde 2008. 

– Investimos no maquinário, mas a matéria-prima é muito barata, o que nos rende economia, rentabilidade e um projeto sustentável – comemora o empresário Luiz Ângelo Cunha.
Fonte: Senar/CNA 

domingo, 3 de junho de 2012

Governo anuncia R$ 18 bilhões de crédito para agricultura familiar


O governo vai disponibilizar R$ 18 bilhões para crédito de custeio e investimento à agricultura familiar na safra 2012/2013. O anúncio foi feito hoje (30) pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, em resposta à lista de reivindicações apresentada há um mês pelos movimentos de trabalhadores rurais durante o Grito da Terra Brasil. O detalhamento dos recursos será divulgado durante o anúncio do Plano Safra da Agricultura Familiar, que deve acontecer no fim de junho. 
        
As respostas do governo aos 138 itens de reivindicações foram apresentadas pela própria presidenta Dilma Rousseff em reunião com representantes de entidades do campo liderados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). O ministro Vargas disse que, além dos R$ 18 bilhões do Plano Safra, mais R$ 4 bilhões devem chegar aos agricultores familiares por meio de outros programas, como os de assistência técnica e aquisição de alimentos. 
     “A presidenta Dilma disse que se forem necessários mais recursos, vamos viabilizar mais”, disse Vargas. Ele garantiu que R$ 706,5 milhões para aquisição de terras para assentamentos da reforma agrária este ano não serão contingenciados e a presidenta Dilma determinou o descontingenciamento de R$ 300 milhões para assistência técnica para pequenos produtores. Com a última medida, os recursos para a modalidade chegam a R$ 542 milhões. 
       O presidente da Contag, Alberto Broch, disse após a reunião que é preciso analisar as respostas para fazer um balanço geral das respostas recebidas do governo. Ele disse que os trabalhadores rurais saíram “satisfeitos em parte” com o que ouviram. 
      “Houveram avanços importantes principalmente nos custeios e investimentos e descontingenciamento da assistência técnica, mas outros pontos não avançaram. Para a reforma agrária, só o descontingenciamento é pouco”, disse Broch, explicando que os movimentos sociais ligados ao campo pediam “pelo menos” mais R$ 500 milhões para desapropriações. 
       O governo se comprometeu a aumentar o volume de crédito habitacional para os assentamentos, que passarão a integrar o Programa Minha Casa, Minha Vida, que deve passar de R$ 15 mil para R$ 25 mil por habitação. O pacote de medidas anunciado hoje também inclui ampliação do teto do crédito de custeio de R$ 50 mil para R$ 80 mil por produtor e elevação de recursos para o Pronaf Semiárido e para o Pronaf B, que atende agricultores de mais baixa renda 
      Para os produtores do semiárido, o limite de crédito, que hoje é R$ 12 mil, poderá chegar a R$ 18 mil. Os agricultores do Pronaf B, que atualmente contam com até R$ 7,5 mil, passarão a ter até R$ 10 mil para custeio. 
     Segundo o ministro Pepe Vargas, durante a reunião a presidenta reforçou o tratamento diferenciado dado pelo governo à agricultura familiar dentro do Novo Código Florestal Brasileiro. Com os vetos e modificações ao código divulgados na segunda-feira (28), o governo criou condições especiais para os pequenos produtores, como exigência de recompor em quantidade menor as áreas de preservação permanente (APPs), com a possibilidade de usar espécies exóticas. 
     "A presidenta trabalhou bastante essa questão do código florestal, reforçou a importância da agricultura familiar na produção de alimentos e disse que não podemos tratar igualmente os desiguais", disse.